quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Os tempos do Pretérito



ATENÇÃO AOS USO DOS PRETÉRITOS!!!!

Completa as frases com os verbos entre parêntesis nos Pretéritos Perfeito, Imperfeito ou Mais-que-Perfeito (se assim desejares, imprime o exercício, ou copia as respostas, e entrega ao teu Professor de Língua Portuguesa para que este o corrija):

Repara que:

O Pretérito Perfeito usa-se quando a acção, de carácter passado, já terminou (Ex: Ela contou uma história às crianças.);
O Pretérito Imperfeito usa-se quando a acção, apesar de passada, se prolongou no tempo (Ex: Quando era mais nova via televisão até de madrugada.);
O Pretérito Mais-que-Perfeito usa-se quando a acção é anterior a outra (ou outras) acções, igualmente passadas (Ex: Quando o condutor se apercebeu (verbo no Pretérito Perfeito) do perigo, já batera no carro da frente.)



1. Quando o despertador _______ (tocar) eu já me _________ (levantar) há 10 minutos.


2. Antigamente ________ (chover) mais no Outono.


3. A Joana _________ (telefonar) à prima para saber se esta _______ (dar) o recado à mãe.


4. Os alunos _________ (estudar) pouco para os testes.


5. A Margarida _________ (jogar) voleibol às terças-feiras quando ainda _______ (morar) no Porto.


6. O pai _________ (zangar-se) sempre que _______ (ligar) a televisão à hora do jantar.


7. O Rui já ________ (ganhar) o totoloto há duas semanas quando a namorada _________ (saber).


8. O Director de Turma __________ (repreender) o Luís porque este ______ (ser) malcriado com a professora de Ciências no dia anterior.


9. Porque é que tu ________ (sair) tão cedo de casa?


10. Vós não _______ (compreender) a matéria sobre os átomos que a professora _______ (explicar) na aula anterior.


11. Quando eu ________ (ser) uma criança, _______ (correr) feliz pelo jardim.

12. No Verão passado, o sol ________ (brilhar) pouco.







segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Nomes




Os alunos, muitas vezes, demonstram grandes dificuldades para conseguirem distinguir as classes gramaticais. Neste exercício, os alunos terão de, a partir de verbos, encontrar o maior número possível de nomes, podendo, para esse efeito, socorrer-se do dicionário:

cantar, acentuar, estudar, observar, parar, fechar, pedir, escolher, salvar, afogar, abraçar, matar, louvar, tocar, faltar, compreender, partir, incluir, abrir, sentar, escrever, inventar.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Ortografia: s, ss, c, ç


Completa as palavras com s, ss, c ou ç:

a____ar; pá___aro; can___ado; ca___ar; coin___idência; esperan__a; ___anto; ___edo; pa___agem; cedên__ia; pan___a; con___ulta; __iên___ia; con__oada; crian___a; dan__a; justi___a; ân__ia; po___ilga; can___ão.




Correcção:

assar; pássaro; cansado; caçar; coincidência; esperança; santo; cedo; passagem; cedência; pança; consulta; ciência; consoada; criança; dança; justiça; ânsia; pocilga; canção.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Teste diagnóstico de 8º ano

ESCOLA BÁSICA DO 2ºE 3º CICLOS DR BENTO DA CRUZ

TESTE DIAGNÓSTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA
8º ano, Turma ____ Ano Lectivo: 2008/ 2009
Nome : _______________ nº __ Data __/ __/ __
A Professora: ________________ O E.E. ________________


Lê o texto com atenção e responde às perguntas com frases completas:

I

O BULE DE CHÁ


Num dos importantes ___________ da capital da China, ao lado de várias preciosidades de porcelana, está em exposição um velho bule de chá sem tampa que tem uma história engraçada que vou aqui _____________.
Há alguns séculos atrás existiu, na China, um Imperador que gostava muito de ____________ cartas. Mas como não podia jogar sozinho, ordenou a um dos seus ministros que lhe mandasse todos os dias ao palácio um jogador para seu companheiro de jogo.
O ministro, porém, nunca mais apareceu com o jogador.
─ Porque é que não me trazes um bom ____________ de cartas, entre tantos que há na China? ─ perguntou-lhe o Imperador.
─ Saiba Vossa Majestade que todos aqueles com quem falei são ________________.
─ Então porque ainda não mos trouxeste?
─ Com medo de que, em vez de Vossa Senhoria, sejam eles a ganhar.
─ Ora! Cartas são nada mais nada menos que uma questão de arte. Vai, pois, buscar o ______________ de todos e trá-lo cá amanhã. Se ele ganhar, eu não me zango não. Antes pelo contrário, até lhe dou uma prenda ─ e o Imperador apontou para um bule de chá que estava em cima da sua secretária. Um bule de loiça fina como __________________, leve que nem uma folha, transparente como o _________________, e que tinha um dragão de oiro de um lado e, do outro lado, uma ________________ Fénix de penas de prata e coral. Enfim, um dos mais raros tesouros do palácio imperial, esse bule.
─ Está Vossa Majestade a falar a sério? ─ perguntou o ministro que sabia quanto o Imperador ______________ o bule.
─ Claro que estou!
E no dia seguinte apareceu o ministro sozinho.
─ Então o jogador? ─ inquiriu o Imperador.
─ Tenha Vossa Majestade a bondade de hoje jogar comigo ─ respondeu o ministro a rir.
E começaram o jogo. O ministro, no entanto, usando das suas habilidades, fez com que, dentro de uma hora, o Imperador perdesse a partida.

Suspirando, então, de _____________, Sua Majestade apontou para o ministro com o dedo trémulo.
─ Mas como é que te atreveste a derrotar-me? Como?
─ Bem, Vossa Majestade tinha dito que o jogo era apenas uma ______________.
─ Sai daqui! Desaparece-me, antes que eu…!
─ O bule de chá, Vossa Majestade! O bule que prometeu?
Furioso, o Imperador agarrou na tampa do bule e arremessou-a ao ministro que entretanto fugia.
Assim, hoje, o antigo bule de chá de porcelana está no museu, sem tampa.
Maria Ondina Braga, O Jantar Chinês e Outros Contos, Ed. Caminho, 2004 (texto adaptado)


1. Coloca as palavras retiradas do texto no seu respectivo lugar:
▪ cristal ▪ arte ▪ melhor ▪ contar ▪ óptimos ▪ estimava
▪ papel ▪ museus ▪ parceiro ▪ raiva ▪ maravilhosa ▪ jogar

2. Lê as afirmações seguintes e, sobre cada uma delas, indica se é verdadeira (V), falsa (F) ou impossível de saber (?). depois corrige as afirmações falsas.

a) O narrador vai contar uma história de um bule com centenas de anos.

b) O Imperador gostava mais de jogar às cartas do que de governar.

c) No entanto, não conseguia arranjar um parceiro.

d) Quando o Imperador soube que o ministro sabia jogar propôs um jogo.

e) O ministro levou horas para conseguir vencer o Imperador.

f) Furioso, o Imperador atirou com o bule ao ministro.

g) O antigo bule ficou, assim, sem tampa.


3. Localiza a acção no espaço e no tempo.
4. Caracteriza o narrador tendo em conta a sua participação, ou não, no desenvolvimento da acção.

5. Caracteriza as duas personagens do texto.

6. Descreve o bule.

7. Identifica o recurso expressivo presente na descrição do bule.

II

1.Retira do texto:

Um nome comum
Um nome próprio
Um adjectivo
Um pronome pessoal
Um verbo no presente do indicativo
Um verbo no modo Conjuntivo
Um verbo no Pretérito Perfeito


2.Completa os espaços com em, en, im ou in:

____graçado ____comendar ____quieto ____portar ____sistir
____portante ____plicar ____trar ____balar ____alar

3.Completa com c, ç, s ou ss:

a___esso incons___iente ân___ia persegui___ão re___epção
compa___o can___ar abra___o ma___a a___eado

4.Transforma as frases afirmativas em negativas e vice-versa.

a) Não lhe telefones! b) Desliga o televisor!
c) Não lhe escrevas! d) Vai depressa!
e) Continua a andar! f) Não te vires para trás!

5.Forma nomes a partir dos verbos apresentados como se sugere pelo exemplo:

Semear-Semente
Escolher
Transplantar
Escrever
Cheirar
Rezar
Colher
Ler

6.Indica o grau em que se encontram os adjectivos nas frases que se seguem:
a) O João é o mais alto da turma. b) A Ana é muito inteligente. c) Tu és mais chato que ele. d) O TGV é rapidíssimo.

7.Conjuga os verbos nos tempos e pessoas indicados completando o seguinte quadro:

Pretérito Imperfeito do Indicativo
Pretérito Perfeito do indicativo
Condicional
Futuro

Eles dizem, Nós damos, Eu leio, Ele vem

Completa as frases com os verbos indicados entre parênteses no Presente ou no Pretérito Imperfeito do Conjuntivo:

a) Ainda que eu te __________________ (contar) a minha história, tu não acreditarias.
b) Logo que ____________________ (chegar) a casa, arruma tudo no sítio.
c) Logo que _______________ (sair) da escola, telefona-me.
d) Embora _________________ (estar) bom tempo, não vamos sair.
e) Se eu ________________ (ter) tempo, ajudar-te-ia na preparação do teste.

Completa as frases com os verbos indicados nos tempos convenientes:

a) Ontem, eu ______ (ir) ao cinema e ______ (ver) o filme cujo assunto __________ (ser) muito interessante.
b) Amanhã, os meus colegas ___________ (partir) para os Pirinéus, onde _______ (ir) praticar esqui.
c) Se os habitantes da Terra ___________ (ter) mais cuidado não poluiriam o ambiente.

III

Se necessário, volta a ler o texto para, em algumas linhas, tecer um comentário às reacções do Imperador e do seu ministro.


BOM TRABALHO!!!

A Professora: Lucinda Cunha



CORRECÇÃO DO TESTE DIAGNÓSTICO
1.

Num dos importantes museus da capital da China, ao lado de várias preciosidades de porcelana, está em exposição um velho bule de chá sem tampa que tem uma história engraçada que vou aqui contar.
Há alguns séculos atrás existiu, na China, um Imperador que gostava muito de jogar cartas. Mas como não podia jogar sozinho, ordenou a um dos seus ministros que lhe mandasse todos os dias ao palácio um jogador para seu companheiro de jogo.
O ministro, porém, nunca mais apareceu com o jogador.
─ Porque é que não me trazes um bom parceiro de cartas, entre tantos que há na China? ─ perguntou-lhe o Imperador.
─ Saiba Vossa Majestade que todos aqueles com quem falei são óptimos.
─ Então porque ainda não mos trouxeste?
─ Com medo de que, em vez de Vossa Senhoria, sejam eles a ganhar.
─ Ora! Cartas são nada mais nada menos que uma questão de arte. Vai, pois, buscar o melhor de todos e trá-lo cá amanhã. Se ele ganhar, eu não me zango não. Antes pelo contrário, até lhe dou uma prenda ─ e o Imperador apontou para um bule de chá que estava em cima da sua secretária. Um bule de loiça fina como papel, leve que nem uma folha, transparente como o cristal, e que tinha um dragão de oiro de um lado e, do outro lado, uma maravilhosa Fénix de penas de prata e coral. Enfim, um dos mais raros tesouros do palácio imperial, esse bule.
─ Está Vossa Majestade a falar a sério? ─ perguntou o ministro que sabia quanto o Imperador estimava o bule.
─ Claro que estou!
E no dia seguinte apareceu o ministro sozinho.
─ Então o jogador? ─ inquiriu o Imperador.
─ Tenha Vossa Majestade a bondade de hoje jogar comigo ─ respondeu o ministro a rir.
E começaram o jogo. O ministro, no entanto, usando das suas habilidades, fez com que, dentro de uma hora, o Imperador perdesse a partida.
Suspirando, então, de raiva, Sua Majestade apontou para o ministro com o dedo trémulo.
─ Mas como é que te atreveste a derrotar-me? Como?
─ Bem, Vossa Majestade tinha dito que o jogo era apenas uma arte.
─ Sai daqui! Desaparece-me, antes que eu…!
─ O bule de chá, Vossa Majestade! O bule que prometeu?
Furioso, o Imperador agarrou na tampa do bule e arremessou-a ao ministro que entretanto fugia.
Assim, hoje, o antigo bule de chá de porcelana está no museu, sem tampa.
Maria Ondina Braga, O Jantar Chinês e Outros Contos, Ed. Caminho, 2004 (texto adaptado)



2.

a) O narrador vai contar uma história de um bule com centenas de anos. V

b) O Imperador gostava mais de jogar às cartas do que de governar. ?

c) No entanto, não conseguia arranjar um parceiro. V

d) Quando o Imperador soube que o ministro sabia jogar propôs um jogo. F

e) O ministro levou horas para conseguir vencer o Imperador. F

f) Furioso, o Imperador atirou com o bule ao ministro. F

g) O antigo bule ficou, assim, sem tampa. V


Correcção das frases falsas:
d) Foi o ministro que propôs ao Imperador jogarem cartas.
e) O ministro levou apenas uma hora a derrotar o Imperador.
f) O Imperador atirou com a tampa do bule ao ministro.

3. A Acção passa-se na China, há muitos séculos atrás.

4. O narrador é não participante ou ausente.

5. O Imperador era prepotente, presunçoso, hipócrita e impaciente. O ministro era sensato e inteligente.

6. O bule era muito bonito e um dos tesouros mais raros do palácio. Era feito de loiça finíssima, leve, transparente e tinha, de um lado, um dragão de oiro e, do outro, uma Fénix de penas de coral e prata.

7. O recurso utilizado é a comparação (mas também se utiliza a hipérbole e a adjectivação).
II
1.
Um nome comum- Bule
Um nome próprio- China
Um adjectivo - maravilhosa
Um pronome pessoal- me
Um verbo no presente do indicativo- trazes
Um verbo no modo Conjuntivo- madasse
Um verbo no Pretérito Perfeito- arremessou


2.

engraçado encomendar inquieto importar insistir
importante implicar entrar embalar inalar

3.

acesso inconsciente ânsia perseguição recepção
compasso cansar abraço massa asseado
4.

a) Telefona-lhe!
b) Não desligues o televisor!
c) Escreve-lhe!
d) Não vás depressa!
e) Não continues a andar!
f) Vira-te para trás!

5.

Semear-Semente
Escolher-escolha
Transplantar-transplante
Escrever-escrita
Cheirar-cheiro
Rezar-reza
Colher-colheita
Ler-leitura
6. grau superlativo relativo de superioridade

grau superlativo absoluto analítico
grau comparativo de superioridade
grau superçativo absoluto sintético

7.


8.

a) Ainda que eu te contasse a minha história, tu não acreditarias.
b) Logo que chegues a casa, arruma tudo no sítio.
c) Logo que saias da escola, telefona-me!
d) Embora esteja bom tempo, não vamos sair.
e) Se eu tivesse tempo, ajudar-te-ia na preparação do teste.

9.

a) Ontem, eu fui ao cinema e vi o filme cujo assunto era muito interessante.
b) Amanhã, os meus colegas irão para os Pirinéus, onde irão praticar esqui.
c) Se os habitantes da Terra tivessem mais cuidado não poluiriam o ambiente.

III

Resposta livre.


segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Uma imagem vale mais que mil palavras...


Uma imagem vale mais que mil palavras... é verdade!!! Não são mil as palavras que te peço, mas apenas à volta de cento e quarenta. Pouca coisa, portanto!!! Observa atentamente a pintura de Monet que aqui te deixo. Imagina-te naquele local idílico e cria um monólogo, em primeira pessoa, onde tu exploras o teu interior, os pensamentos mais íntimos e desconhecidos que locais tão belos, por vezes, nos proporcionam . Poderás enviar o teu texto para o e-mail oficinadeescrita8@gmail.com. Será publicado aqui se a qualidade assim o permitir. Bom trabalho!!!!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Conto artístico


Apresento de seguida uma adaptação do texto Conto Gramatical feita por uma aluna (de 7º ano) no ano lectivo anterior. Não consegui descobrir o nome do autor (quem souber, por favor, informe). Espero que este texto seja uma motivação para todos os alunos que gostem de escrever e que, a partir daqui, tentem realizar uma versão diferente. Poderão enviar os textos para o mail oficinadeescrita8@gmail.com. Terei todo o prazer em publicá-los aqui, neste blog.


Conto Artístico

Era a terceira vez que aquele quadro e aquela tinta se encontravam no elevador. Um quadro bem pintado, com aspecto rectangular, com algum anos bem vividos pelos pincéis da vida. E a tinta era bem colorida, rosa clarinho. Era ainda novinha, mas com maravilhosas condições de pintura. Era ingénua, acrílica, um pouco oleosa até, ao contrário dele, um fresco bem forte e bem colorido!
O quadro gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém os ver nem ouvir. E, sem perder essa oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, a conversar… A tinta cor-de-rosa deixou os três godés de lado e permitiu essa pequena deixa. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro. “ Óptimo!”, pensou o quadro. “Mais uns motivos para provocar alguns óleos…”
Pouco tempo depois, já estavam bem entre paletas quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que, em vez de descer, subiu e parou justamente no andar do quadro. Ligou o gravador e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma melodia clássica, bem suave e maravilhosa. Prepararam uma pincelada dupla para ele e uma tela com gelo para ela. Ficaram a conversar, sentados num estirador, quando ele começou outra vez a insinuar-se. Começaram a aproximar-se e abraçaram-se numa pincelada tão minúscula que nem uma gota de tinta passaria entre os dois!
Entretanto, a porta abriu-se repentinamente! Era o cavalete auxiliar do edifício! Ele tinha percebido tudo e entrou, dando golfadas de tinta nos dois, que se encolheram artisticamente, cheios de pêlos de marta, aguarelas e guaches. O quadro, vendo que poderia transformar-se num grafitti depois dessa, pensando nos seus sprays, resolveu colocar um traço final na história: agarrou o cavalete e atirou-o pela janela.
Agora quem coloca um traço final sou eu. Ou melhor: coloco dois. Um é para não perder a mania. Outro é porque isto é um conto rápido e não uma pintura abstracta.


Ana Rute Magalhães Alves

Ordenar um conto



Ordena convenientemente as sequências do conto que se segue.
O Velho Sultão
A: - Amanhã vou dar um tiro ao velho Sultão, pois já não nos serve para nada.Mas a mulher disse:
- Peço-te que deixes o pobre cão viver. Serviu-nos durante muitos anos e devemos sustentá-lo durante o resto da sua vida.



B: - Vejam na árvore. É lá que está o culpado. - Então, eles olharam e viram o lobo sentado no meio dos ramos. Chamaram-lhe patife e cobarde e não o deixaram descer enquanto ele não ficou profundamente envergonhado e prometeu voltar a ser um bom amigo de Sultão.



C: - Não te preocupes - disse o lobo -, vou dar-te um bom conselho. Tu sabes que o teu dono sai muito cedo de manhã para o campo com a mulher. Levam a sua filhinha e põem-na à sombra da sebe enquanto estão a trabalhar. Ora, tu deitas-te perto da criança e finges estar a vigiá-la e eu sairei de floresta e apanho a criança e fujo. Tens de correr atrás de mim o mais depressa que puderes e eu deixo-a cair. Então, leva-la de volta e eles pensarão que salvaste a filha e ficarão tão gratos que cuidarão de ti até ao fim da tua vida.



D: - Mas que é que podemos fazer com ele? - disse o pastor. - Ele não tem um único dente, e os ladrões não lhe ligam nenhuma. É certo que nos serviu, mas fê-lo para ganhar o seu sustento. Garanto-te que amanhã será o último dia.



E: O pobre Sultão, que estava deitado ali perto, ouviu tudo o que o pastor e a mulher disseram um ao outro e ficou muito assustado ao pensar que amanhã seria o seu último dia. Assim, à noite, foi ter com o seu bom amigo, o lobo, que vivia na floresta, e contou-lhe todas as suas mágoas e como o seu dono tencionava matá-lo de manhã.



F: Este plano agradou muito ao cão, e foi assim que tudo se passou. O lobo fugiu com a criança, o pastor e a mulher gritaram, mas o Sultão correu atrás do lobo e levou a pobre criança de volta aos seus donos. Então, o pastor fez-lhe festas na cabeça e disse:



G: - O velho Sultão salvou a nossa filhinha do lobo e, portanto, viverá e será bem tratado e terá toda a comida que quiser. Mulher, vai para casa e dá-lhe um bom jantar e a minha velha almofada para ele dormir enquanto for vivo.



H: E, assim, a partir daquela altura, o Sultão teve tudo o que podia desejar.



I: No entanto, o lobo pensou que ele estava a brincar e, à noite, foi lá à procura de um petisco. Mas o Sultão tinha dito ao dono o que o lobo tencionava fazer e ele fez-lhe uma espera atrás da porta do celeiro. Quando o lobo estava distraído à procura de uma ovelha bem gorda, deu-lhe com um pesado cajado no lombo que fez que ele ficasse a ver estrelas.



J: Algum tempo depois, apareceu o lobo, que o cumprimentou e disse:- Bom, meu velho, não deves dizer nada, basta virares a cabeça para o outro lado quando eu quiser provar uma das belas ovelhas gordas do teu dono.
- Não - disse o Sultão -, serei leal para com o meu dono.



L: O lobo e o javali foram os primeiros a chegar ao local e, quando viram os seus inimigos aproximarem-se e viram a cauda comprida do gato no ar, pensaram que ele levava uma espada para o Sultão combater. De cada vez que o gato coxeava, pensaram que estava a apanhar uma pedra para lhes atirar. Então, disseram que não gostavam daquela forma de combater, e o javali escondeu-se atrás de um arbusto e o lobo saltou para o cimo de uma árvore. O Sultão e o gato chegaram pouco depois, olharam em volta e ficaram muito admirados por não verem ninguém. No entanto, o javali não se tinha escondido bem, pois tinha ficado com as orelhas de fora do arbusto e, quando mexeu ligeiramente uma delas, o gato, ao ver qualquer coisa mexer, e pensando que era um rato, saltou-lhe em cima, mordeu-a e arranhou-a, fazendo que o javali desse um salto, grunhisse e fugisse, enquanto rugia:



M: O lobo ficou muito zangado e chamou o Sultão "velho patife" e jurou que se vingaria. Assim, na manhã seguinte, o lobo mandou o javali desafiar o velho Sultão a ir à floresta para um duelo. Ora, o Sultão não tinha ninguém a quem pudesse pedir para ser o seu padrinho, se não o velho gato com três pernas do pastor. Levou-o consigo, e o gato, enquanto coxeava, ia com a cauda muito direita no ar.



N: -Um pastor tinha um fiel cão chamado Sultão, que era já muito velho e tinha perdido todos os dentes. Um dia, quando o pastor e a mulher estavam em frente à sua casa, o pastor disse:
Contos de Grimm

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Completar um conto


Existe uma bela lenda africana (cujo início te apresento) que conta como, nos primórdios da humanidade, o Céu e a Terra, que eram grandes amigos, se zangaram violentamente. Dá asas à tua imaginação e à tua capacidade de escrita e continua-a, não excedendo as linhas apresentadas. Evita as repetições, as incoerências, escreve, acentua e pontua correctamente, não faças períodos demasiado longos e volta a ler quando terminares.

DESAVENÇA ENTRE CÉU E TERRA

Conta-se que, no início do mundo, o Céu e a Terra viviam muito unidos. Eram como irmão e irmã. Céu e Terra partilhavam amizades e tinham uma amiga comum: a Lua. Era esta, assim, a preciosa conselheira especial de ambos. (...)
BOM TRABALHO!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O nome

Todos nós, professores, sabemos que os nossos alunos aprendem melhor se gostarem do que estão a fazer e uma das melhores estratégias para ensinar uma língua é, sem dúvida, o recurso à música. Aqui apresento a letra da canção "Águas de Março" que os alunos poderão ouvir para, de seguida, procurar todos os nomes presentes e fazer a sua divisão por sub-classes.

Águas de Março-Tom Jobim e Elis Regina

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o solÉ a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o Matita PereiraÉ madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de Março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto,
é um pingo pingando, É uma conta, é um conto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projecto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de Março fechando o Verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de Março fechando o verão,
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã,
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de Março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
Pau, pedra, fim, minho
Resto, toco, oco, inho
Aco, vidro, vida, ó, côtche, oste, ace, jó
São as águas de Março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração.

domingo, 7 de setembro de 2008


Com a criação deste blog espero conhecer colegas de todo o país, trabalhos que têm desenvolvido com os seus alunos, assim como receber críticas e propostas para ver o meu trabalho melhorado. Como também lecciono Francês, nível II, às duas turmas às quais lecciono Língua Portuguesa, queria convidar outros professores da mesma área a fomentar a correspondência, via e-mail, com outros alunos do 3º ciclo. "A prática faz o mestre" e isto aplica-se também às línguas. Fico à espera!!!

"Que ridículo e mesmo estúpido dizer-se de um livro que está bem escrito.(...) Escreve-se bem com o espírito e a sensibilidade - não com um dicionário. Embora seja no dicionário que está toda a obra-prima. Como na pedra está toda a melhor escultura. " Ferreira, Vergílio, in Conta-Corrente 4