quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Ordenar um conto



Ordena convenientemente as sequências do conto que se segue.
O Velho Sultão
A: - Amanhã vou dar um tiro ao velho Sultão, pois já não nos serve para nada.Mas a mulher disse:
- Peço-te que deixes o pobre cão viver. Serviu-nos durante muitos anos e devemos sustentá-lo durante o resto da sua vida.



B: - Vejam na árvore. É lá que está o culpado. - Então, eles olharam e viram o lobo sentado no meio dos ramos. Chamaram-lhe patife e cobarde e não o deixaram descer enquanto ele não ficou profundamente envergonhado e prometeu voltar a ser um bom amigo de Sultão.



C: - Não te preocupes - disse o lobo -, vou dar-te um bom conselho. Tu sabes que o teu dono sai muito cedo de manhã para o campo com a mulher. Levam a sua filhinha e põem-na à sombra da sebe enquanto estão a trabalhar. Ora, tu deitas-te perto da criança e finges estar a vigiá-la e eu sairei de floresta e apanho a criança e fujo. Tens de correr atrás de mim o mais depressa que puderes e eu deixo-a cair. Então, leva-la de volta e eles pensarão que salvaste a filha e ficarão tão gratos que cuidarão de ti até ao fim da tua vida.



D: - Mas que é que podemos fazer com ele? - disse o pastor. - Ele não tem um único dente, e os ladrões não lhe ligam nenhuma. É certo que nos serviu, mas fê-lo para ganhar o seu sustento. Garanto-te que amanhã será o último dia.



E: O pobre Sultão, que estava deitado ali perto, ouviu tudo o que o pastor e a mulher disseram um ao outro e ficou muito assustado ao pensar que amanhã seria o seu último dia. Assim, à noite, foi ter com o seu bom amigo, o lobo, que vivia na floresta, e contou-lhe todas as suas mágoas e como o seu dono tencionava matá-lo de manhã.



F: Este plano agradou muito ao cão, e foi assim que tudo se passou. O lobo fugiu com a criança, o pastor e a mulher gritaram, mas o Sultão correu atrás do lobo e levou a pobre criança de volta aos seus donos. Então, o pastor fez-lhe festas na cabeça e disse:



G: - O velho Sultão salvou a nossa filhinha do lobo e, portanto, viverá e será bem tratado e terá toda a comida que quiser. Mulher, vai para casa e dá-lhe um bom jantar e a minha velha almofada para ele dormir enquanto for vivo.



H: E, assim, a partir daquela altura, o Sultão teve tudo o que podia desejar.



I: No entanto, o lobo pensou que ele estava a brincar e, à noite, foi lá à procura de um petisco. Mas o Sultão tinha dito ao dono o que o lobo tencionava fazer e ele fez-lhe uma espera atrás da porta do celeiro. Quando o lobo estava distraído à procura de uma ovelha bem gorda, deu-lhe com um pesado cajado no lombo que fez que ele ficasse a ver estrelas.



J: Algum tempo depois, apareceu o lobo, que o cumprimentou e disse:- Bom, meu velho, não deves dizer nada, basta virares a cabeça para o outro lado quando eu quiser provar uma das belas ovelhas gordas do teu dono.
- Não - disse o Sultão -, serei leal para com o meu dono.



L: O lobo e o javali foram os primeiros a chegar ao local e, quando viram os seus inimigos aproximarem-se e viram a cauda comprida do gato no ar, pensaram que ele levava uma espada para o Sultão combater. De cada vez que o gato coxeava, pensaram que estava a apanhar uma pedra para lhes atirar. Então, disseram que não gostavam daquela forma de combater, e o javali escondeu-se atrás de um arbusto e o lobo saltou para o cimo de uma árvore. O Sultão e o gato chegaram pouco depois, olharam em volta e ficaram muito admirados por não verem ninguém. No entanto, o javali não se tinha escondido bem, pois tinha ficado com as orelhas de fora do arbusto e, quando mexeu ligeiramente uma delas, o gato, ao ver qualquer coisa mexer, e pensando que era um rato, saltou-lhe em cima, mordeu-a e arranhou-a, fazendo que o javali desse um salto, grunhisse e fugisse, enquanto rugia:



M: O lobo ficou muito zangado e chamou o Sultão "velho patife" e jurou que se vingaria. Assim, na manhã seguinte, o lobo mandou o javali desafiar o velho Sultão a ir à floresta para um duelo. Ora, o Sultão não tinha ninguém a quem pudesse pedir para ser o seu padrinho, se não o velho gato com três pernas do pastor. Levou-o consigo, e o gato, enquanto coxeava, ia com a cauda muito direita no ar.



N: -Um pastor tinha um fiel cão chamado Sultão, que era já muito velho e tinha perdido todos os dentes. Um dia, quando o pastor e a mulher estavam em frente à sua casa, o pastor disse:
Contos de Grimm

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